domingo, 21 de fevereiro de 2010

CAPÍTULO 4 - Uma Visita Inesperada.





Hannced e Ortí estavam com seus tordilhos na entrada da floresta esperando Guimans que já se aproximava do local. A leve brisa tocava os semblantes dos magos trazendo um cheiro agradável ao olfato. Os magos olharam estranhamente para o mago de cabelos arrepiados que vinha à cavalo.
Guimans ao chegar ao local, apeou do cavalo dizendo:
- Então. Vamos!
- Para que essas parafernálias todas. Vai para alguma guerra? – disse Ortí espantado ao ver o mago de cabelo moicano, com algum tipo de mochila nas costas, também algumas adegas e cantis pendurados na cintura.
- Trombaremos com Drórios. – Responde Guimans ao desembainhar a espada que estava pendurada na cintura. - Lembra-se! – continuava o mais jovem mago com seus ensaios, como se estivesse em combate com alguém.
- O que ele pensa que está fazendo? – balbuciara Ortí ao perguntar para Hannced.
- Não sei. Será que ficou... tresloucado? – dissera Hannced coçando a cabeça dentre o capuz que a cobria.
Guimans parara com o teatro.
– Ouvi falar que a floresta é perigosa. – disse ele. - Ouvi historias desde criança sobre a floresta. Quando eu era mais jovem, meus amigos me disseram que Lenor-Ruduer era mal assombrada. – diz ele ao abrir bem os olhos. - Diziam-me que havia fantasmas lá. Fiquei mais tranqüilo após a reunião. Pois Harunem tinha dito que na floresta habitam os espíritos dos antigos magos da floresta, e que era protegida pelos mesmos. Só assim eu me acalmei se não, meu medo aumentaria muito mais diante de tantas historias aterrorizantes. – disse ele levantando as sobrancelhas. Sabia que os magos da floresta, mesmo sendo fantasmas, não os fariam mal algum, pois eram todos da mesma raça.
Ortí sobe na carroça ligada ao seu cavalo, na mesma havia uma cesta com mantimentos coberta por um lençol. Em seguida, Hannced e Guimans, cada qual montara em seu próprio cavalo.
- Agora... Vamos à procura dos amuletos! – disse Guimans enquanto empinava com seu tordilho. Mas o mofino mago acaba caindo de costas no chão não conseguindo manter-se em cima do cavalo. Ortí soltara altas gargalhadas e Hannced soltara apenas um curto e tênue sorriso. Guimans era brincalhão, porem muito desajeitado. Com uma cara de poucos amigos por não ter gostado nem um pouco das risadas de Ortí. Guimans após se levantar do chão gemendo e com uma das mãos nas costas, sem jeito, o mago monta novamente no cavalo. – Háa..! – disse ele enquanto batia com os calcanhares na barriga do tordilho fazendo-o disparar floresta adentro. Ortí e Hannced olharam um para o outro estranhando a atitude de Guimans, rapidamente adentraram na floresta pela trilha atrás do mago de cabelos arrepiados. Guimans que ia bem rápido a frente, não tirava o sorriso largo do rosto mesmo se lembrando da queda que levara há pouco tempo atrás. Hannced o perseguia na mesma velocidade. Ortí vinha mais atrás, não parava de se balançar com sua carruagem de madeira enquanto bradava:
- Eeei... Espera um pouco! – dizia ele enquanto com uma das mãos segurava seu chapéu pontudo para que não voasse de sua cabeça.
- Vamos logo gordinho! – disse Guimans de longe e olhando pra trás.
Hannced vinha atrás de Guimans. Com os olhos fixamente na direção do mago de cabelo moicano cujo mesmo olhava pra trás enquanto zombava de Ortí.



O reino Lenoér, arquitetado em pedras e rochas, sem portas ou janelas, não era protegido por nada e ninguém. Sua entrada gigantesca e alta dava acesso ao imenso salão do reino, cujo mesmo terminava num púlpito em escadas sob um trono. O salão com pilastras enfileiradas nas laterais, cujas mesmas afastadas das paredes três metros, davam acesso às escadas onde estas terminam na parte superior do reino que ficam os quartos dos hospedes.
Harunem ao chegar ao reino, morosamente o mago sobe pelos degraus até chegar de vez em cima do púlpito, e, sentar-se em seu trono. O mago olha para a entrada do reino e vê um dos pequenos aprendizes de magos, adentrando e convergindo-se em passos lentos para o legendário mago. O pequeno aprendiz não estava sozinho, e Harunem percebera isso de longe. O aprendiz estava com uma serpente enrolada no braço direito, o réptil passava pelas costas do aprendiz, e, permanecendo com a cabeça ao lado da do pequeno de cabelos brancos.
- Como vai meu pequeno. No que eu posso lhe ajudar? – disse o mago. – Você é um dos alunos de meu filho, Hannced, não é? – perguntara Harunem ao tossir.
- Sim. Eu sou Rayro. – responde o pequeno ao se apresentar.
- Muito prazer Rayro. – Tem um animal belíssimo com sigo. Creio já ter visto pelas cercanias... – diz o mago olhando para a serpente, a mesma, instintivamente mostrava a língua.
Harunem com certeza lembrava-se daquela serpente, pois era a própria que estava na árvore próxima a pedra do lago onde houve a reunião. Rayro com suas longas vestes levantara o braço esquerdo deixando a serpente introduzir-se para dentro da manga e desaparecendo-se por completa.
- Diga-me, o que queres meu jovem? – perguntara o mago.
- O que eu quero você não pode me dar. – respondera o pequeno Rayro. O legendário Harunem toma um grande susto ao se deparar com a serpente, que, aparecera no trono e arrostava o mago que ali estava sentado. - Mas pode me ajudar. – terminara o pequeno com sua resposta.
O mago fica imóvel ao tentar se levantar e não conseguir. A serpente não parava de afrontar o mago. A mesma ficava agora com os olhos em chamas. O mago sentira-se jogado com as costas no trono enquanto cada vez mais ficava estupefato. E como se alguém arrancasse o cajado de sua mão, fez-se com que este fosse de encontro ao chão, e rolasse do púlpito degraus abaixo indo parar nos pés de Rayro. O mago olha para o pequeno e o vê com o braço esticado na sua direção e fica assustado ao ver o pequeno aprendiz se concentrando para deter-lo.
- Como pode ter tamanha força se és tão jovem?!... – disse Harunem esticado e cada vez mais preso ao trono. O mago estava surpreso, pois ninguém naquela idade era tão forte e se concentrava tão bem ao colocar em pratica uma magia. – Qual é o lobo que se esconde nessa pele de cordeiro? – Mostre-se! – bradara Harunem. O mago queria que o inimigo se identificasse. Nunca iria acreditar que era um simples aprendiz que estava diante do lendário mago de Athór.
- Pois bem, eu já não agüentava mais esses cabelos brancos. – responde Rayro ao mostrar sua verdadeira face e se transformar num homem de capuz e longas roupas escuras. – Onde estão os amuletos de Athór já encontrados. – insistira Rayro agora em outra fisionomia e forçando mais a magia contra Harunem.
- Ainda não vi seu rosto. Tire o capuz! – bradara novamente Harunem.
- Está bem meu parvo. Não achei que fosse preciso, mas já que insiste. – disse o interlocutor ao soltar um sorriso de canto de boca. – Melhor assim? – terminara ele agora colocando o capuz para trás das costas.
- Pelos Deuses! Não... – estacara Harunem ao deparar-se com tal cena.

6 comentários:

  1. Mais uma vez estou aqui e quase sem palavras para agradecer aos seguidores que comentam neste blog de ficção.

    Espero realmente estar agradando.
    E não se esqueçam de criticar se tiverem vontade, pois as criticas também são bem vindas.

    A todos um forte abraço!

    Kimura.

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  2. Sinistro hen Fê o que esse pivete fez.
    Tá muito legal. Sou amante dos livros e de sua fic também viu.
    E quando tiver que críticar, eu vou com certeza.
    ahuauhauhu.
    bjus!
    sucesso.

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  3. Muito loko mulekao.
    Ta indo longe mesmo cara. Que bom, pois eu já tava cansado de fics que acabavam logo.
    A sua fic está indo realmente longe, e, pelo que vejo tem muita agua pra rolar ainda.

    Nota 10 brow. sem críticas.
    valew!

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  4. Vida.

    seu estilo é unico e as críticas serão sempre construtivas.

    parabéns pelo seu trabalho que vai de melhor para melhor ainda.
    rsrsrs
    bjus... leitora nº 1.

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  5. Mo André Vianco, rsrsr...deixando mo mistério no final do post, maldade hein Loreto

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  6. Agradeço de coração a todos que comentam neste blog.

    Espero que o numero de seguidores que realmente gostam de ler, aumente cada vez mais.

    abraços!

    Kimura.

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