domingo, 31 de janeiro de 2010

CAPÍTULO 1 - Uma reunião surpresa - parte 3.

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É chegada à alvorada, o sol raiava dentre as montanhas deixando toda Lenólia irradiante. Os pequenos noturnos filhotes de dragões recolhiam-se para suas grutas e de lá só saiam ao crepúsculo.
Um facho de luz invade o quarto de Guimans pelo buraco da cortina que dava passagem à sacada, o atingia diretamente na pálpebra do olho esquerdo fazendo-o despertar de seu sono. Não querendo se levantar virara-se para o outro lado cobrindo-se ate a cabeça. Isso acaba não servindo de adianto, pois um zumbido irritante passava próximo ao seu ouvido, indo e vindo sem cessar. Assoprava com o canto da boca para cima, para baixo, para direita e para esquerda enquanto o inseto tentava pousar em si. Não queria levantar-se de jeito nenhum. Pegara o travesseiro e colocara em cima do ouvido. Como se não bastasse à importunação daquela mosca, e achar que poderia prolongar seu descanso, outro barulho volta a interromper o seu sono, só que desta vez era cem vezes mais alto do que a mosca. – Benng! – um barulho ensurdecedor o faz tomar a decisão de se levantar. O retinir era de um dos sinos de Lenólia soando. Guimans se levanta e abre a cortina de seu quarto deixando que à luz do por do sol, introduzir-se em seu quarto enquanto protegia seus olhos com o antebraço esquerdo. Vai até o pequeno muro de pedra no final da sacada e se espreguiça ao longo de um bocejo. O mago de cabelos curtos e bagunçados num estilo moicano era muito jovem, também, muito inteligente. Com os seus cinqüenta e cinco anos e aparência de dezesseis, ele era muito brincalhão e ensinava muito bem seus aprendizes. Os pequenos aprendizes de magos que eram seus alunos os adoravam por ele ensinar de uma forma teatral.
Ao termino do bocejo, Guimans vê no horizonte um pequeno aprendiz vindo a cavalo em direção a sua moradia. O mago coçava a cabeça enquanto dizia: - Hóh não! O que ele quer há esta hora. – o aprendiz vinha rápido e com o corpo balançando de um lado e para o outro. Guimans virou-se e foi para dentro do quarto. Ao retornar em seu leito, novamente ouve o zumbido da mosca que junto ao retinir do sino, tinha atrapalhara seu descanso. – Deuses, por favor hoje é sábado! – diz o mago olhando para a mosca, a qual sobrevoava a cabeça deste enquanto pegava o mata-moscas em cima do criado-mudo. – Pois mosca, lhe digo, não me atormentaras mais! – continuou o mesmo ao convergir até o inseto que chegara a pousar no armário. Arfante foi o mago de encontro à mosca que não conseguira pegar na primeira tentativa. – Droga. Pegar-te-ei sua tola! - Guimans corria atrás do inseto para cima e para baixo com mata-mosca na mão. Subia na cama uma vez e num salto tentava alcançá-la, subia outra vez e nada, tentava outra vez agora mais alto para acertá-la, e nada novamente.
Foi quando o mago olhou para o criado-mudo onde tinha encontrado o mata-moscas, e em mais uma tentativa ele sobe na cama, depois pisou com um de seus pés no criado-mudo para pegar mais impulso e subir mais alto para alcançar a mosca. Mas infelizmente Guimans não conseguira executar seu plano com caução. O mago escorregara-se no criado-mudo, cujo mesmo era coberto por um tecido rubro lanoso. – Ai! – disse ao se espatifar no chão de madeira. – Pois bem. Eu não ligo. Vou desjejuar. – continuara o mago enquanto se levantava. Guimans dirigira-se para a escada espiral de seu quarto que descansava em piso verniz o ultimo degrau no cômodo indo para sala. Assim que desceu foi ao encontro de um tonel após ter pegado uma caneca em cima da mesa. Foi encher de cerveja, querendo se inebriar. Novamente escutara o zumbido da mosca e não chegara a pensar duas vezes. Apanhara uma balde, cheio de água e corria com o mesmo atrás da mosca que escapava para janela a qual permanecera aberta a noite inteira.
Nirold chegara à porta da casa de Guimans, estava bem consigo ao conseguir parar com o cavalo e depois apear. Mas sua felicidade dura pouco ao se deparar com águas em abundancia que cobriram seu corpo por inteiro.
- Chiii... Desculpe-me pequeno. – Guimans sai da janela e vai de encontro à Nirold que estava parado lá fora. – Então pequeno você esta bem? – disse o mago enquanto desce os degraus da varanda e segura nos ombros de Nirold.
- Huho. Huho! Vim lhe trazer um recado do senhor Vesseu. – diz o pequeno ao tossir.
- Então me diga logo! – diz o jovem mago ansioso.
- Vesseu e Herutam estão lhe esperando para uma reunião na pedra do lago. – continuara o pequeno com há voz um pouco rouca, pois também tinha engolido água.
- Logo agora que comecei a saborear minha cerveja, e também já ia ascender meu cachimbo! – exclamara o mago.
O pequeno Nirold ficara assustado novamente, pois além de descobrir que um mago, desjejua três vezes como Ortí, agora fica mais uma vez surpreso por saber que Guimans fuma seus cachimbos e bebe de suas cervejas àquela hora da manha.
- Mas diga-os que eu estarei lá o mais rápido possível. – disse Guimans enquanto içava Nirold pelas axilas fazendo-o montar no cavalo, e depois da uma tapa na anca do tordilho do pequeno que dispara novamente aclive abaixo.
- Até mais, pequeno desatinado! – E me desculpe pelo banho! – diz Guimans sorridente enquanto acenava.
- Não sou desatinado! – bradara Nirold.
Novamente passava-se naquela situação. O pequeno estava agradecendo aos Deuses por finalmente estar indo de encontro a ultima casa, a casa de Hannced.

Ao renascer de mais um dia como todos os outros, Hannced tinha acordado com os sinos de Lenólia soando. Vai até a sacada de sua casa montada e esculpida em rochas, e vê todos os aprendizes filhos de outros magos, brincando e o chamando para começar os ensinamentos. Hannced sai rindo de sua sacada.
Hannced tinha noventa e dois anos numa aparência de trinta. Os magos Ortí, Guimans e Hannced eram os magos mais jovens de Lenólia, por isso suas aparências são mais novas.
Hannced vai até a biblioteca e pegara seu chapéu e cajado.
A casa de Hannced não era tão longe da de Guimans. Por isso Nirold consegue chegar mais rápido desta vez.
Hannced sai de sua casa de olho nos aprendizes enquanto dizia sorridente:
- Meus pequenos... Hoje é sábado, não tem aula.
Todos então desanimam.
- Nos ensine apenas uma magia, por favor! – diz o interlocutor.
- Esta bem. – Querem saber como faz para objetos levitarem sem que nada visível o sustenha ou suspenda?
- Mas é claro! – disseram eles.
- Rutluerr! – diz Hannced fazendo com que uma pequena pedra ali perto levitasse. Todos ficaram surpresos e empolgados para também conseguir fazer.
Todos tentaram juntos.
- Rutluerr! - Rutluerr!
- Rutluerr! - Rutluerr! - Rutluerr!
Um após o outro tentaram, mas só alguns conseguiram levitar pouco, mas acabavam perdendo a concentração, e deixando as pedras caírem de volta ao chão.
Nirold já chegava ali perto cansado e enjoado por tanto se sacudir em cima do cavalo. O pequeno de fraco que estava, chegara a cair do cavalo. Hannced fica estupefato ao ver a cena, e quando ia fazer alguma coisa ele se surpreendera; - Rutluerr..! Um de seus aprendizes usou a magia que ele acabara de ensinar. Nirold começara a levitar e lentamente foi colocado no chão. Hannced vai até o pequeno, e levantando a cabeça com uma das mãos, perguntara a ele preocupado:
- Esta tudo bem?
- Sim estou. Só vim lhe trazer um recado, se for o senhor Hannced? – disse o pequeno um pouco tonto.
- Pois sou eu mesmo. – respondera o mago. – Pode prosseguir.
- O senhor Vesseu e o senhor Herutam, estão o esperando para uma reunião na pedra do lago. – fala o pequeno se levantando. – Mas se o senhor não chegar logo, vão achar que é culpa minha, pelo meu atraso, e não vão gostar nem um pouco. – terminara ele.
- Não se preocupe, o importante é que você esta bem. – Hannced tirara seu chapéu e dentro dele, com uma mágica, tirara um cantil. – Isso vai ajudar a se recuperar. Agora pode ir! – E diga a eles que estou chegando. – diz o mago indo na direção de seu cavalo, um tordilho de cor marrom bem escuro quase negro, e de crina e patas brancas. O mago monta no cavalo e vai para perto do aluno que ajudara o pequeno Nirold.
- Parabéns Rayro... - Surpreende-me cada vez mais.
Então o mago foi à reunião muito contente com o desempenho de seu aluno. Pegara outro caminho enquanto Nirold voltara pelo mesmo de sua missão.

13 comentários:

  1. Prometo mais ação para o segundo capítulo.
    Espero que continuem gostando e comentando.
    Valeu pessoal!

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  2. Esse menino não vai ficar vivo muito tempo neh ?
    o mulekinho azarado, esta de parabéns Loreto,
    só quero ver essa ação prometida

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  3. haha tambem quero vero, e NIrold? quaando vai cala a boca de todo mundo ??? usando magia

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  4. ta com mo cara que o niroldi e o muleke que fez ele flutuar ainda vão tretar mais pra frente na historia

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  5. Realmente ta divertido e intereçante mulecão, mas como o caro And e o Renan disseram... também quero ver essa ação prometida e tem que ser com o Nirold sendo tomado pelo ódio... hahaha... ta muito legal cara, capricha nessa ação aí.

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  6. Tá muito legal Fê, esse meninho é muito azarado mesmo.
    Bem... não sei se posso dizer, mas já lí o seu segundo cap... lembra? E também achei muito legal, mas não se preoculpa Fê, só estou dizendo isso para deixar o pessoal ai em cima com inveja... rsrsrsrsr.

    Parabens! Tá 10.

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  7. Por que a Maria Clara leu o segundo cap. e eu não ? to sentindo uma certa maldade nisso aqui, eaew Loreto, se explica nego

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  8. rsrsrsrsr...
    Que isso And... fiquei sem net por muito tempo, tive de divulgar a historia de algum jeito né, mas se eu tivesse te encontrado na mesma época com certeza te passaria também.
    rsrsrsrs.

    Gente, obrigado pela participação de vocês...
    Abraços para todos.

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  9. rsrsrsrsrs...
    Que isso! Primeiro as damas né?
    auhahuauhahauhuah.

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  10. rsrsrsrsrs!

    Galera, muito obriigado a todos que me motivam com comentarios... obrigado mesmo gente bjus e abraços.

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  11. Obrigado amigo pela sua visita. Seu blog também é muito interessante. Um abraço de Manoel Limoeiro de Recife-PE.

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  12. Kimura: primeiramente, obrigado pela visita e comentário no meu blog.

    Cara, você também é bem detalhista em sua trama. Pouco autores se preocupam em descrever cenários, mas, no seu caso é diferente. Adorei "ver" o Guimans na caça a mosca, que hilário hahaha.

    Gostei mesmo da sua escrita.

    Já estou seguindo seu blog, boa sorte aí na caminhada lioterária amigo!

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  13. Obrigado, sinto-me feliz. =D
    Mas então, sobre escrever, estou sem muito tempo para isso e estou com um pouco de preguiça... Mas o capítulo 2 creio que já esteja na metade e agora que descobri que tenho um leitor, posso agilizá-lo e postá-lo...
    Ainda não li seus escritos, mas pretendo, como eu disse, há falta de tempo...

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